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porEquipe WebRural

O que é o evento Averbação de Exportação e quais os seus benefícios?

O que é o evento Averbação de Exportação e quais os seus benefícios?

Saiba como acompanhar a exportação das suas mercadorias de forma simples e automática a partir de eventos vinculados às notas fiscais de remessa e exportação e com isto reduzir riscos garantir todos benefícios fiscais envolvidos.

Neste artigo vamos explicar que é o evento [790700 – Averbação de Exportação] vinculado às notas fiscais de remessa e exportação e também mostrar uma forma simples e automática para acompanhar o desembaraço dos bens e a confirmação de saída do país das mercadorias através do mesmo.

Mostraremos como acompanhar eletronicamente a confirmação da exportação e garantir que as exportações indiretas sejam realizadas sem depender de informações do exportadores e, com isto, manter os benefícios fiscais da Lei Kandir (LC º 87/96).

Informações sobre Averbação para Exportação

Através de informações vinculadas às notas fiscais eletrônicas pelo SISCOMEX, você poderá:

  • Garantir que a exportação foi realizada dentro de 180 dias;
  • Garantir que as notas emitidas enviadas ao exportador com propósito de exportação, que realmente foram destinadas para tal finalidade;
  • Evitar recolhimento do ICMS, sujeitando-se aos acréscimos legais e penalidades cabíveis nos casos em que não se efetivar as exportações;
  • Redução de riscos de autuação automática do FISCO. Hoje basta o fiscal cruzar dados e detectar a falta de documentos declarados à Receita para fazer autuações automáticas.

Também vamos apresentar um passo a passo para receber estes eventos da SEFAZ na sua caixa de e-mail após a confirmação do embarque, momento este que a exportação é valida para fins fiscais e de controle cambial.

porEquipe WebRural

Brasil é competitivo no AGRO e isso incomoda!

‘Brasil é competitivo e isso incomoda’

Narrativa que mancha a imagem do agro brasileiro esconde interesses comerciais

Fortalecer o agronegócio brasileiro no exterior está entre as prioridades do embaixador Roberto Jaguaribe, presidente da Apex-Brasil. Apesar da pujança do setor, que contribui com 23,5% do PIB, a tarefa não é considerada tranquila, pois há obstáculos a serem superados. Um deles é desconstruir o que Jaguaribe chama de “narrativa negativa” em torno do segmento, que o vincula a altas taxas de desmatamento e uso excessivo de agrotóxicos. “Por que esse discurso se sustenta? Porque há um grupo demagógico e cínico disfarçado de ambientalista com interesses puramente comerciais. A competitividade do Brasil incomoda esses mercados”, afirma. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Saiba mais em: www.terra.com.br/economia/brasil-e-competitivo-e-isso-incomoda,9d9434994cfabd1d37897992e399b6acqz9a20mz.html

porEquipe WebRural

18 anos depois como está trabalhando a maioria dos produtores rurais no Brasil?

Planejamento, controle de custos e a análise do mercado são ferramentas indispensáveis para o sucesso do produtor rural na sua atividade.

Muitos produtores rurais são entusiastas , ávidos por conhecimento, frequentam diversos encontros técnicos, têm a mente aberta e são corajosos para adotar novas tecnologias. Porém até estes, *frequentemente, cometem um erro que os levam a se sentir frustrados, eles esquecem de definir onde querem chegar, desperdiçam recursos e energias na direção errada, porém fazendo o que acham mais certo. Balizam suas atitudes e ações conforme vão surgindo às necessidades, gastam 100 % do seu tempo na solução dos problemas do hoje, não tendo tempo para planejar o futuro.

Todo empresário rural deve definir primeiro aonde ele que chegar e como fazer para alcançar seus objetivos.  Por isso o planejamento das atividades é a pedra fundamental para nortear as ações do produtor. Planejamento não é só pensar o que vai se fazer amanhã ou nos próximos meses, ele engloba desde os objetivos a serem alcançados, como fazer para alcançá-los, quanto de recursos financeiros será utilizado , quanto de recursos deverá ser obtido , como vamos fazer para obtê-los, que ferramentas de controle vamos utilizar para medir se tudo está andando como planejado e como implementar as necessidades de alteração no planejado a fim de atingir os objetivos almejados.

Sabemos, também, que o produtor está mais preocupado em acompanhar os indicadores de produtividade, em incorporar novas tecnologias, do que em realizar um acompanhamento de rentabilidade, até porque geralmente seu dia a dia é mais ligado aos aspectos da produção. Isso faz com que grande parte dos empresários rurais acabe controlando apenas o fluxo de caixa, na sua forma básica,  o extrato da sua conta corrente no banco, efetuando, corriqueiramente, operações “mata-mata”, isto é, vai vendendo seu produto conforme sua necessidade bancária. Neste caso, muitas vezes ocorre o empobrecimento do produtor, que gradualmente, vai perdendo a capacidade de investir, sucateando seus bens de produção, sem ter como descobrir as causas do seu lento fracasso na atividade.

Entre os que controlam os dados financeiros, índices e os investimentos, é comum os que acabam não sabendo tomar decisões a partir dos dados, especialmente pelo fato de não estarem preparados para elaborar e avaliar um relatório financeiro. De nada adianta coletar os dados se não serão tomadas decisões a partir dos mesmos, como dizem: “O papel aceita tudo”.

As finanças devem ser vistas como o alimento da empresa. Elas devem ser aplicadas nos lugares onde a empresa quer crescer, não podem ser desperdiçadas em atividades onde o “achismo”, e não o planejamento, é a mola percursora da atividade. Se as finanças forem usadas apenas como um instrumento de controle, a empresa nunca poderá florescer.

O controle financeiro da empresa rural, portanto, não deve ser usado apenas como relato histórico da saúde financeira da empresa, dever ser essencialmente aplicado nas tomadas de decisão, porém, a complexidade dos cálculos (dos custos de produção) recomenda forte interação entre o técnico que está determinando os custos, com o produtor, na busca de uma interpretação dos resultados que mais se aproxima da realidade. Sem este cuidado, é bem provável que o técnico encontre um elevado custo de produção, enquanto para o produtor a atividade vai muito bem, ou vice versa.

O produtor que não procurar seguir um planejamento das suas atividades, não controlar os custos e não tomar decisões fundamentadas nos dados levantados, provavelmente não sobreviverá na atividade.

Mas como definir os objetivos da empresa, qual o fator mais importante para a tomada de decisão? A resposta é simples : O Mercado.

De que adianta um excelente planejamento e um eficiente controle financeiro se não soubermos para onde encaminharmos nossos esforços. O produtor tem que aprender a produzir o que ele será competitivo para comercializar, às vezes até, diminuindo a sua produção, porém diminuindo ainda mais os seus custos pelo aumento da produtividade. Deve saber manejar os estoques, principalmente porque, tanto o consumo, como os preços dos produtos são influenciados pelas épocas de safra e entre-safra e pelo clima. Tem que ficar atento ao que acontece no mundo. Há poucos anos atrás o produtor competia com seu vizinho, agora compete com outros países.

Claro que isso tudo que foi dito requer conhecimento técnico, dedicação e habilidade em administrar. Poucas pessoas conseguem fazer tudo isso, por mais que achem que conseguem, surge daí a necessidade do produtor de se assessorar de profissionais que possam participar de uma ou mais etapas produtivas da sua atividade. Ele tem que descobrir onde está sua dificuldade, o que ele ainda não consegue fazer, ou até mesmo deixar que, profissionais preparados para isso, apontem suas necessidades.

Nos últimos anos o trabalho para um gerenciamento da empresa rural triplicou silenciosamente, tanto em quantidade como em qualidade, e o produtor continuou sozinho ou com mesmo número de pessoas participantes da administração da empresa.

Por isso a utilização de empresas ou profissionais de consultoria não deve ser encarada como uma intromissão ou como pessoas querendo ensinar “a roda” para o produtor, deve sim, ser encarada, com essencial para bom andamento das atividades da empresa e em última análise como mais uma opinião para ajudar o produtor na tomada de decisão.

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E o que tem esse artigo a ver com o título, está me perguntando o leitor?  Antes de eu responder gostaria de perguntar se você conhece algum produtor que se encontra na situação que está em negrito (com asterisco) lá no primeiro parágrafo? Conhece? Muitos, poucos, nenhum?

Ao resolver reproduzir esse artigo aqui o fiz com a intenção de trazer o leitor e ao agropecuarista a refletirem no seu negócio, já que esse artigo foi escrito por mim no ano de 2000, isso não escrevi errado, há 18 anos atrás. E, se sua resposta foi muitos,  o convido a refletir o que está errado na atividade, postando seu comentário. Sintam-se a vontade.

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Fernando Lopa
CEO
WEBRURAL Consultoria Agropecuária
www.webrural.com.br

 

 

porEquipe WebRural

QUEIJOS ARTESANAIS – A contramão da revolução e a descoberta do “TERROIR” BRASILEIRO

Há exemplo da Inconfidência Mineira Queijeira, resgate de um patrimônio de 400 anos de existência que demoramos a dar seu devido valor, o movimento do queijo colonial gaúcho também vem se fortalecendo com apoio de vários segmentos. São eles, políticos, pesquisadores, governo do Estado e seus maiores defensores, os chefes de cozinha e consumidores que anseiam em utilizar esses produtos regionais. Com essa onda de consumo nacionalista, a Inconfidência Queijeira se consagrou. Hoje em dia, revistas, jornais e blogs ressaltam os queijos brasileiros.

Detentor do registro de Patrimônio Histórico e Artístico Cultural Nacional pelo seu modo único de produção, o produtor de queijo Canastra vai poder mandar a iguaria para todo o País. Na legalidade, os produtos mineiros terão selo de inspeção do Sistema Brasileiro de inspeção (Sisbi) e agora, mais recentemente, o selo ARTE para produtos com base no leite cru. Outra legislação que vem favorecer o nosso queijo artesanal, mas que precisa ainda passar por vários ajustes.

Enfim, um movimento que contrapõe a industrialização, ou podemos dizer uma revolução às avessas ou contra revolução, que defende a não padronização e que valoriza uma qualidade essencialmente humana: o fazer – dando visibilidade à arte e à singularidade de cada fazedor. Onde cada partida produzida é única, fruto de diversos fatores intrínsecos, destacando os inerentes à obtenção da matéria prima e processo de fabricação, como o ambiente, a região e a época do ano.

Alimentos artesanais são aqueles produzidos em escalas reduzidas, com ingredientes naturais de primeira linha e podem conter ou não receitas tradicionais de família. Trabalhar com produtos artesanais é vender qualidade através da própria produção e fundamentalmente ser transparente com seu consumidor, pois há relação direta com o proprietário empresário.

No Rio Grande do Sul e nossa vizinha Santa Catarina temos o queijo Serrano, com forte ligação com a história regional, produzidos por pecuaristas de Campos de Cima da Serra e serra Catarinense. O tradicional Queijo Serrano produzido há mais de 200 anos finalmente ganhou uma legislação própria. A regulamentação da produção e comercialização do produto veio com a aprovação do Projeto de Lei 63/2016, proposto pelo deputado Vinícius Ribeiro.

Vários outros municípios estão redescobrindo os produtos da terra, a exemplo da nossa cidade Alegrete, com a linguiça campeira, o charque e o queijo crioulo, produtos esses que há anos fazem parte da tradição local, tendo papel importante na história gaúcha das tropeadas e como alimento de peões e patrões das estâncias.

O “Terroir” brasileiro está sendo descoberto e valorizado por chefes de cozinha e consumidores atentos ao “mais saudável”. A tendência atual é apostar nesses produtos e através deles conquistar os mais refinados paladares.

Importância para os Pequenos Produtores

Essa revolução fortalece o pequeno que vê isso como estimulo para ficar na sua terra. A lei que agora reconhece os municípios que integram os produtores de queijo artesanal serrano foi fundamental para a existência da Associação dos Produtores de Queijos Derivados do Leite dos Campos de Cima da Serra (Aprocampos) hoje com 40 associados bastante unidos. Quanto o modo de fabricação, a lei determina que o leite utilizado deva ser cru e da própria propriedade em que se situa a queijaria, até o limite de 300 litros por dia, sendo proibida a aquisição de leite de outros locais, mesmo que próximos ao estabelecimento. Quando exceder os 300 litros, o processo torna-se industrial e o leite tem de ser submetido a um choque térmico para garantir sua sanidade. Nesse caso, passa a ser chamado “colonial”. O queijo também deverá ser comercializado somente com registro emitidos pelo órgão de controle sanitário do Estado ou por serviço de inspeção municipal.

Com essa iniciativa se espera que aos poucos as dificuldades sejam vencidas a exemplo de Santa Catarina, Estado que conseguiu entregar o um produtor o certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose, na comunidade de Pedras Brancas, em Lages. Com esse estimulo alguns pequenos produtores vem investindo em sua própria queijaria, adequando o estabelecimento às exigências oficiais e adequações necessárias de estrutura. Agora muitos já pensam em não sair do campo pra ir atrás de emprego na cidade.

Campo da Pesquisa e Inspeção

Essa revolução despertou várias pesquisas que começaram a ajudar a resgatar e sistematizar o conjunto de conhecimentos tradicionais na elaboração desses produtos artesanais, com base em tradições de diferentes origens étnicas, tendo como matéria-prima preferencial produtos agrícolas vegetais e animais desses mesmos estabelecimentos ou locais. Essa forma de fazer compõe parte importante do patrimônio cultural das populações se diferenciando daqueles produtos das grandes indústrias presente na mesma região. O objetivo é descrever e entender o contexto com que esses artesanais são produzidos, buscando legislar contemplando essas características regionais, considerando que processamento tradicional como parte desse modo de vida e que não pode desaparecer, pois é história viva para as futuras gerações.

Cada vez mais procurados por consumidores urbanos, fazendo parte de imaginário que remete à valorização do meio rural, às lembranças da infância de muitos de um passado ainda recente com fortes ligações ao rural e a terra. Trata-se da volta ao passado, da busca por boas lembranças e valorização da qualidade diferenciada que figura muito além de um simples alimento, porque estão impregnados de valores intangíveis. Esses valores ganham relevância ante a crescente preocupação com os problemas de saúde, ambientais e sociais gerados pela crescente industrialização do sistema agroalimentar.

Contudo, o embate entre o mundo das normas, parâmetros padronizados de qualidade dos produtos alimentícios e o mundo dos artesanais, onde prevalecem práticas estabelecidas pela tradição, devem ser resolvidos no terreno de valores comuns superiores – saúde pública e bem-estar do consumidor (WILKINSON, 2008). Nesse particular, tem emergido novos patamares mínimos de escala, organização e gestão para viabilizar a adoção de sistemas de qualidade “legais” (ex: adoção de Manejo sanitário Adequado do Rebanho, Boas Práticas de Fabricação e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) adaptados a estrutura reduzida dos estabelecimentos e ao processo artesanal.

Isso aponta para novos desafios na configuração de associações e redes de produtores e agroindústrias familiares (WILKINSON, 2008). A implantação do Sisbi por alguns Estados e Municípios tem possibilitado bastante a capacitação dos Sistemas de Inspeção Municipais que antes eram bastante deficientes, possibilitando assim que a orientação e inspeção desses pequenos estabelecimentos saiam um pouco do impessoal para ficar mais em “casa” onde o fiscal já é conhecedor das particularidades de produção de cada agroindústria.

Dificuldades Inerentes ao Tamanho

Ressalto por último que essa busca por mais qualidade e mais sofisticação, inerentes ao nicho de mercado que valoriza esse alimento, seja na forma da apresentação ou certificações e, principalmente, a adequação para alcançar o status de vender para todo o Brasil encarece muito o produto. Além do desafio da complexidade relacionada à gestão dos recursos financeiros, marketing e principalmente os entraves logísticos para mercados mais distantes e de maior renda. Não podendo competir jamais quanto a preço com os industrializados, devendo ser direcionados a pequenos nichos de mercado que valorizam e pagam por esse diferencial. Nesse ramo a realidade é bem outra, não se consegue preço diferenciado dos fornecedores quanto aos diversos insumos necessários como ingredientes, embalagens e rótulos pela escala pequena de pedidos, a não ser que consigam se organizar em grupos.

Essa percepção das dificuldades advém de experiências a frente da Alegro nos últimos dois anos, desenvolvendo ações de marketing na busca de visibilidade dos produtos das agroindústrias de Alegrete com incursões a outros mercados, apoiadas por parceiros como o Sistema Juntos para Competir.

Temos um excelente produto nas mãos, mas ainda nos falta “know how”, parceiros leais e “tentáculos” para negociações que são dificultadas pela distância, prazos de validade e todas as limitações advindas do fato de ser pequeno. E nesse mundo cruel de negociações enfrentam aqueles que querem explorar a história do produto, o fato de ser “artesanal com origem”, mas que no momento de fechar o preço regateiam e tratam o produto como outro qualquer

industrializado.

Essas dificuldades podem ser minimizadas ou superadas com a formação de associações ou cooperativas de comercialização que de maneira organizada podem auxiliar a ampliar e acessar mercados e centros consumidores de maior porte (PELEGRINI; GAZOLLA, 2008). Outra alternativa é explorar também as novas dimensões de valorização do espaço rural: fonte de gastronomia, festas folclóricas, turismo rural, restauração e preservação ambiental, produção artesanal de alimentos (PELEGRINI; GAZOLLA, 2008).

Faço minhas as palavras sábias do meu amigo Maurício Velloso, Presidente da Comissão de Bovinocultura de Corte da FAEG, em conversa na Expointer 2017, estamos hoje no mesmo patamar dos vinhos gaúchos há alguns anos atrás, e como os vinhos temos muito a percorrer. E, pelo ambiente favorável e as boas parceiras que estão se formando, vejo o mesmo futuro para nossos produtos regionais.

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Thais Mª Bento Pires Lopa
Presidente da ALEGRO
MSc. Médica Veterinária
Equipe de Consultoria
WebRural Consultoria Agropecuária em Exportação
www.webrural.com.br

porEquipe WebRural

Abre-se uma avenida para exportação a empresas brasileiras do agronegócio

Colocamos o nosso novo portal no ar no dia 10/11/2018 e fomos brindados com esse artigo no Jornal O Estado de São Paulo, no dia 11/11/2018, para abrilhantar o primeiro artigo postado no nosso novo site.

Sinal de sorte para a WebRural que tem como objetivo principal auxiliar no processo de internacionalização de empresas voltadas para produção de produtos e implementos para a chamada “agricultura e pecuária tropical”.

O autor, Dr. Sérgio Amaral, é embaixador do Brasil em Washington e foi ministro da indústria comércio do Brasil, e enfatiza: “Abre-se uma avenida promissora para o setor na sua rota de internacionalização”.

O artigo depois de tecer comentários sobre a agricultura brasileira e a expansão da nossa exportação de grãos, nos chama a atenção para o crescimento da demanda por alimentos do Sudeste Asiático e da África Subsaariana, que poderia ser atendida em boa parte pelo Brasil, e ainda poderíamos acrescentar países como Equador, Bolívia e Peru, e mais, destaca o embaixador, particularmente uma bandeira “cruzada” minha, que boa parcela desse alimento será suprida por aumento da produção própria nessas regiões.

Essa visão vem de encontro com o pensamento e filosofia da WebRural, que entende que, apesar do Brasil ser considerado o “futuro celeiro do mundo”, esse futuro será limitado pelos esforços dos governos locais em produzir seus próprios alimentos, principalmente proteína animal, e isso abre realmente uma avenida para empresas brasileiras voltadas para produção de produtos, insumos e implementos para agricultura tropical e, especialmente, para pecuária, avicultura e suinocultura.

Como disse, o artigo veio a coroar a estreia do novo site e transcrevo literalmente abaixo, o que o autor escreve, corroborando com os relatos que ouvi dos embaixadores do Quênia e da Nigéria e de autoridades governamentais da África do Sul e Namíbia nos últimos anos: a África quer investimentos e aprender a produzir!

… Mas exportar não basta. É preciso ter presente que o Brasil desenvolveu de modo autônomo, uma tecnologia e um “know-how” próprios para agricultura de zona tropical. Eles nos conferem vantagem comparativa para exportar, mas podem representar igualmente uma fonte adicional de rendimentos para o país, para as empresas de pesquisa e para os empresários do agronegócio.

Nós temos boas oportunidades para promover a transferência de tecnologia e a prestação de serviços, de modo remunerado, e para expandir investimento do exterior, que, por sua vez abririam novos mercados para exportação, tanto de alimentos quanto de equipamentos.

Temos, assim, pela frente um dilema entre sermos os espectadores passivos de uma revolução agrícola que vários países começam a promover ou participar dessa revolução, buscando retirar mais valor de uma tecnologia que desenvolvemos, mediante investimentos, parcerias e abertura de novos mercados, a começar por uma região a qual temos uma cooperação tradicional, que podemos ampliar mediante um intercâmbio mais sólido e duradouro. Cabe notar que a África Subsaariana registrou entre 2007 e 2017 uma taxa de crescimento (77%) substancialmente mais alta que a da América Latina (51%)

Por fim, o foco dos investimentos, assim como as parcerias empresariais e tecnológicas, abre uma avenida promissora para o agronegócio galgar um novo patamar em sua rota de internacionalização.
Essa caminhada poderá levar algum tempo e, sobretudo, demandar a redução dos custos para produzir e para transportar o que, de qualquer modo, seria necessário. Deverá exigir igualmente maior articulação entre vários atores, no governo e no setor privado, em torno de um objetivo comum, o de ampliar a exportação de bens serviços o maior valor.

A África, por sua vez, já percebeu os benefícios de uma nova visão do intercâmbio com o Brasil, não apenas inspirado na nostalgia do passado, mas também nas realidades do presente e nas oportunidades do futuro. Num seminário em São Paulo, o ministro da economia de um importante país africano, referindo-se às relações com o Brasil, deixou claro a sua expectativa: “África does not need compassion, it needs investments”.

Leia o artigo do Jornal o Estado de São Paulo completo em AQUI

Fernando Lopa
CEO
WEBRURAL Consultoria Agropecuária
www.webrural.com.br

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