Consultoria Agropecuária e Internet

A Cultura do Arroz
Controle de Invasoras

por Giancarlo Pires Píffero


Aspectos de Influência  Época de Semeadura e Ciclo de Cultivares  Características dos Cultivares
Sistema Convencional    Cultivo Mínimo    Plantio Direto
Sistema de Plantio x Desenvolvimento da Planta    Densidade de Semeadura
Plantas Daninhas em Arroz Irrigado  Espécies de Plantas Invasoras Ocorrentes   Principais Espécies de Invasoras
Métodos de Controle    Controle Químico  Herbicidas Recomendados

 

Plantas Daninhas em Arroz Irrigado

    As plantas indesejáveis são responsáveis por reduções significativas no rendimento da lavoura de arroz irrigado; além de aumentarem o custo de produção diretamente, são responsáveis pelo aumento da umidade dos grãos na colheita e pela redução no rendimento classificatório dos grãos, bem como são hospedeiras de doenças e pragas.

    No momento do estabelecimento da lavoura é onde há maior competição com a cultura por parte das plantas daninhas, que se aproveitam do fertilizante e da luz assim como do CO2; por isto é necessário um bom controle de inços para se ter sucesso no empreendimento. É claro que uma maior ou menor infestação, está diretamente ligado ao sistema de plantio e ao controle satisfatório nos anos anteriores.

Espécies de Plantas Invasoras Ocorrentes

    Deve ser observado o histórico das regiões no que se refere as espécies de plantas invasoras. Em determinadas regiões, há ocorrência de diferentes espécies, dependendo do manejo utilizado, bem como dos locais com menor lâmina d’água que irão prevalecer plantas aquáticas perenes . Assim como há as espécies que predominam, como o capim arroz e arroz vermelho, há também as espécies que não são limitantes de produtividade, mas que devem ser motivos de um controle primário, para que não seja motivo de preocupação na formação de pastagens de boa qualidade ou até mesmo na lavoura, quando do retorno à área em questão.

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Principais Espécies de Invasoras

Nome científico

Família

Nome Popular

Ciclo

Reprodução

         

Aeschynomenes rudis

Fabaceae

Angiquinho

Anual

Sementes

Brachhiaria plantaginea

Poaceae

Papuã

Anual

Sementes

Cyperus difformis

Cyperacea

Junquinho

Anual

Sementes

Cyperus ferax

Cyperacea

J unquinho

Anual

Sementes

Cyperus laetus

Cyperacea

Junquinho

Anual

Sementes/ Rizomas

Digitaria ciliares

Poaceae

Milhã

Anual

Sementes

Echinochloa colonum

Poaceae

Capim arroz

Anual

Sementes

Echinochloa crusgalli

Poaceae

Capim arroz

Anual

Sementes

Echinochloa cruspavonis

Poaceae

Capim arroz

Anual

Sementes

Fimbristylis miliacea

Cyperacea

Cuminho

Anual

Sementes

Heteranthera reniformes

Pontederiaceae

Aguapé

Perene

Sementes/ Estolões

Ipomoea grandifolia

Convulvulaceae

Corriola

Anual

Sementes

Leersia hexandra

Poaceae

Grama boiadeira

Anual

Sementes

Luziola peruviana

Poaceae

Grama boiadeira

Anual

Sementes

Polygonum hidropiperoides

Polygonaceae

Erva de bicho

Anual

Sementes

Sagittaria montevidensis

Alismataceae

Sagitária

Perene

Sementes

Fonte :Plantas infestantes e nocivas /Kurt Kissmann 1991
Plantas daninhas do Brasil/Harri Lorenzi 1991

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Métodos de Controle

        Cultural
            Uso de sementes certificadas
            Rotação de culturas
            Sucessão e integração com pecuária
            Sistema de plantio- Ex: semeadura direta
            Cultivo mínimo de verão

        Controle Manual
            No caso de baixa infestação       

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        Controle Químico
       
        O uso de herbicidas na cultura de arroz irrigado no Brasil, teve seu inicio na década de 40 com o descobrimento dos herbicidas organos sintéticos do grupo do 2,4-D vindo após, os inibidores de fotossíntese. O uso de herbicidas deve ter sempre o acompanhamento de um técnico.

    Métodos de Aplicação

        Nesta etapa do cultivo existem muitas maneiras de se proceder. Nosso objetivo é divulgar os métodos mais usados em nossa região, as quais são:

        PRÉ –EMERGÊNCIA: Aplicado logo após a semeadura do arroz até o início da emergência das plântulas.É fundamental ter umidade de solo no momento da aplicação ou após com o inicio da irrigação ou ocorrência de chuva.

        PÓS-EMERGÊNCIA: Aplicado após o surgimento das plantas daninhas. Pode-se classificar como pós emergência inicial, quando as plantas apresentarem de 2 a 4 folhas e, pós emergências tardia, quando as mesmas estiverem com 4 a 8 folhas, no geral com o surgimento de perfilhos, necessitando doses de herbicidas maiores.

Importante
Em ambos os métodos de aplicação deve-se obedecer horários de aplicação para o melhor rendimento do produto aplicado.

    Outros Fatores que Afetam a Eficiência da aplicação

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    Herbicidas Recomendados para a Cultura do Arroz

Nome Científico

Nome Comercial

Formulação

Época de Aplicação

Classe
Toxicológica

Bentazon

Basagran 600

AS 600

Pós

II

Bispyribac-sidium

Nominee

SC400

Pós

II

Clomazone

Gamit

CE 500

Pré-Pós i

II

2,4-D Èster

Deferon

CE 400

Pós

II

Ethoxysulfuron

Gladium

GD 600

Pós

III

Fenoxaprop-p-ethyl

Whip S

EC 69

Pós

II

Glyphosate

Roundup

AS 360

Pós total

IV

Metsulfuron

Ally

GD 600

Pós

III

Pyrazosulfuron

Sírius

SC 250

Pós

IV

Molinate

Ordran 720

Ce 720

Ppi/Pós

II

Oxadiazon

Ronstar 250 GR

CE 250

Pré/Pós i

II

Oxifluorfen

Goal BR

CE 240

Pré

II

Pendimethalin

Herbadox 500CE

CE 500

Pré

II

Porpanil

Vários

CE 360/ 480

Pós

II

Propanil+2,4-D

Herbanil 368

CE 340=28

Pós

II

Propanil+ Molinate

Arrozan

CE 360+360

Pós

II

Propanil+ Pendimethalin

Pendinil

CE 250+170

Pós

II

Propanil +Thiobencarb

Grascarb

CE 470+200

Pós

IV

 

Satanil

CE 200 +400

Pós

III

Propanil +Triclopyr

Stampyr BR

CE 380+40

Pós

I

Pyrazosulfuron

Sirius

SC 250

Pós

IV

Quinclorac

Facet DF

DF 750

Pós

III

 

Facet PM

PM 500

Pós

III

Sulfosate

Zapp

AS 380

Pós total

IV

Thiobencarb

Saturn CE 500

CE 500

Pré/Pós i

II

Fonte :Embrapa/ Epagri/Irga.

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