Consultoria Agropecuária e Internet

A Cultura do Arroz

por Giancarlo Pires Píffero


Aspectos de Influência  Época de Semeadura e Ciclo de Cultivares  Características dos Cultivares
Sistema Convencional    Cultivo Mínimo    Plantio Direto
Sistema de Plantio x Desenvolvimento da Planta    Densidade de Semeadura
Plantas Daninhas em Arroz Irrigado   Espécies de Plantas Invasoras Ocorrentes    Principais Espécies de Invasoras
Métodos de Controle   Controle Químico  Herbicidas Recomendados


A proposta deste artigo é difundir a cultura do arroz, em especial, o irrigado produzido na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, ao mesmo tempo em que visa compartilhar e repassar novas tecnologias.


    O Rio Grande do Sul é responsável por 45% da produção nacional de arroz, que corresponde a 270 mil hectares plantados e 11 milhões de toneladas produzidas, sendo hoje o arroz irrigado a principal atividade da metade sul do Estado, gerando em torno de 200 mil empregos diretos e indiretos.
    Devido ao declínio da área plantada por vários fatores, dentre eles o custo de produção, embora a produtividade tenha aumentado, o Brasil não é auto-suficiente no abastecimento do produto, tendo que importar de outros países em detrimento do produtor nacional, que não tendo auxílio do governo, resta somente pensar em diminuir custos e otimizar os fatores de produção e de manejo da cultura.

Aspectos de Influência

    O Rio Grande do Sul e a Fronteira Oeste do Estado propriamente dita, caracteriza-se por ter um clima definido, limitando o cultivo do arroz irrigado aos meses de setembro a abril, com temperaturas médias de 22º C.
    O arroz irrigado é completamente dependente da radiação solar e temperatura do ambiente, sendo estes os fatores que exercem os maiores efeitos na variabilidade de crescimento e desenvolvimento da cultura, tendo como limitantes temperaturas maiores que 40º C. e menores que 16º C.
    O rendimento ótimo da cultura está associado às práticas utilizadas, tendo com aliado o aparecimento de cultivares adaptadas às condições de solo e clima e características que atendem as exigências de mercado.
    A produtividade no Estado está em torno de 5.300 kg/hectares, sendo que em nossa região é possível chegar a 9.000 kg/hectare, com bom manejo dos ítens relacionados à produção, que serão abordados a seguir.

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Época de Semeadura e Ciclo de Cultivares

    Estudos feitos mostram que as épocas recomendadas para semeadura variam em função das regiões e subregiões do Estado, bem como do ciclo das cultivares recomendadas. Yoshida (1981) considerou que a semeadura pode ser iniciada do decêndio em que a temperatura média do solo desnudo, a 5 cm de profundidade for maior ou igual a 20º C (corresponde a 17.5º C de temperatura ambiente), esse valor representa o limite inferior da temperatura ótima, para germinação das sementes de arroz. Infeld et.al (1985) indicam que o período preferencial vai de meados de outubro a metade de novembro para cultivares de ciclo médio e de meados de outubro a final de novembro para cultivares de ciclo curto. Porém, na prática, se observa que a semeadura de cultivares de ciclo curto o período pode-se estender até metade de dezembro.

Veja tabela a seguir:

Critério para definição dos períodos recomendados para semeadura no Rio Grande do Sul

Elemento climático

Critério

Fase crítica da planta

1- Temperatura do solo desnudo
a 5 cm de profundidade (Ts)

Ts maior ou igual a 20º C

germinação / emergência

2- Temperatura mínima do ar (Tn)

Tn menor ou igual a 15º C

pré-floração / floração
( 15 dias antes à 5 dias após a floração )

3- Radiação solar

Maior disponibilidade

reprodutiva / maturação
( 21 antes à 21 dias após o início da floração)

Fonte: Embrapa CPACT

    Devido a variabilidade das condições climáticas, os períodos recomendados de semeadura permitem uma alteração para antes e depois dos períodos considerados ótimos, porém nas semeaduras muito cedo a germinação ocorrerá em uma época de propensão ao frio no estabelecimento da cultura ocasionando desenvolvimento não satisfatório e aumentando o ciclo da cultivar, encarecendo o empreendimento, enquanto que semeaduras tardias poderá haver coincidência entre a fase de pré-floração e floração, com ocorrência de frio e diminuição da luminosidade.

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