ASPECTOS
RELEVANTES EM MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA
Tassinari dos Santos, Hélvio ( [1])
RESUMO
O presente trabalho é uma reflexão sobre os principais
aspectos relacionados a medicina veterinária preventiva destacando-se
características dos agentes e hospedeiros. Comenta-se sobre as funções das
vacinas, reações pós-vacinais indesejáveis e as principais causas de falhas
vacinais. Apresenta-se um esquema de profilaxia, baseada na fonte de infecção,
das principais enfermidades dos ruminantes observadas no estado do Rio Grande
do Sul,.
Palavras-chave:
medicina veterinária preventiva, profilaxia animal, vacinas.
The present work is a reflection
about the main aspects related to the preventive veterinary medicine, emphasing
characteristics of agents and host. We also talk about the vaccine functions,
undesirable post-vaccine reactions and the main causes of vaccine errors. We
present an outline of the prophylaxis of the ruminants main diseases, based on
the infection source, observed in the state of Rio Grande do Sul , Brazil.
Key-works:
preventive veterinary medicine, animal profilaxis, vaccines.
A
doença é a desordem ou interrupção da função de um órgão ou de um sistema do
organismo animal causado por agentes animados ou inanimados levando a uma
disfunção identificada clinicamente ou através de exames laboratoriais simples
ou sofisticados.
A Medicina Veterinária Preventiva estuda os
fatores que contribuem para a instalação, manutenção e disseminação das
enfermidades nos animais, seus mecanismos de transmissão e as medidas
utilizadas para o seu controle.
A
espécie e categoria dos animais influenciam no desenvolvimento de enfermidades
estritamente relacionadas a condição de idade (carbúnculo sintomático em
bovinos), sexo (balanopostite, metrites), condição fisiológica (toxemia de
gestação dos ovinos, acetonemia), estado nutricional e imunitário.
A
época de reprodução e parição e outros tipos de manejo como esquila, banhos,
descola, castração a que os animais são submetidos podem propiciar lesões para
a instalação ou para a transmissão dos agentes determinando o surgimento de
enfermidades como campilobacteriose, tricomoniose, tétano, gangrenas,
onfaloflebites e miíases.
O meio ambiente (clima, tipo
de solo e topografia, precipitação pluviométrica) influenciam diretamente na
manutenção e/ou proliferação dos agentes, nos reservatórios e vetores sendo
responsável pelo aumento da prevalência de enfermidades como o carbúnculo
hemático, parasitoses, cerato-conjuntivites, encefalites eqüina, raiva e o
complexo tristeza parasitária bovina.
Independente
da enfermidade e da espécie atingida, a prevenção é sempre um processo mais
econômico quando comparado com os prejuízos decorrentes do tratamento e
controle da enfermidade após o seu estabelecimento e difusão em um rebanho.
Essa pode ser realizada em várias oportunidades dependendo das características
da enfermidade, espécie animal, manejo e
meio ambiente.
Os agentes inanimados podem
ser físicos como calor, frio e radiações (foto-sensibilização); químicos
tóxicos externos inalados, ingeridos ou absorvidos por contato ou ainda
internos derivados do metabolismo celular alterado (acetonemia bovina e toxemia
de gestação dos ovinos).
Os
agentes animados são os vírus, riquétzias, bactérias, protozoários, fungos,
helmintos e artrópodes cuja patogenia é determinada por ações variadas desde a
simples irritação ou espoliação orgânica até a produção e liberação de produtos
altamente tóxicos.
Atualmente
os agentes bacterianos e víricos representam os principais problemas na
pecuária bovina e ovina motivo pelo qual necessitam de uma maior atenção quanto
ao seu controle nos rebanhos.
Os
vírus e bactérias contém em sua estrutura frações que lhe conferem características
próprias como a infecciosidade, a antigenicidade e a patogenicidade.
A
infecciosidade é a capacidade do organismo penetrar e se multiplicar no
hospedeiro, a imunogenicidade é a capacidade de induzir a formação de
anticorpos específicos e a patogenicidade é a capacidade de produzir maior ou
menor dano ao organismo parasitado.
As
variações entre essas características fundamentais determinam o aparecimento de
sub-tipos ou variantes antigênicas diferentes da amostra considerada padrão.
Como conseqüência essas produzem sinais clínicos e respostas antigênicas
diversas da amostra padrão, motivo pelo qual freqüentemente o diagnóstico de
uma enfermidade é dificultado e uma vacina comercial pode resultar em uma
resposta antigênica deficiente induzindo baixa proteção nos animais vacinados.
As
bactérias produzem substâncias tóxicas derivadas do metabolismo celular
(toxinas) que possuem ação antigênica e patogênica sendo liberadas ainda em
vida (exotoxinas) ou após a sua morte (endotoxinas). Essas tem o poder de lesar
tecidos como as neurolisinas (tecido nervoso), hemolisinas (hemacias), ação
necrosante, sendo responsáveis pela potência da patogenicidade de uma amostra.
Os vírus por sua vez interferem no metabolismo celular provocando lesões e
danos aos tecidos.
Os animais oferecem dois tipos de
resistência aos agentes das enfermidades:
1) resistência não específica ou
inata: proveniente da sensibilidade e resistência natural da espécie a
determinados agentes, sendo realizada pelas barreiras naturais como a pele,
secreções e tipo de metabolismo sendo ainda influenciado por outros fatores
como a hereditariedade, estado nutricional e fatores ambientais que impedem o
desenvolvimento dos agentes;
2) resistência específica ou imunidade
específica: esse tipo de resistência deriva-se da reação orgânica após a
exposição do animal frente a um antígeno resultando na produção de anticorpos
específicos em quantidades suficientes para a sua proteção.
Essa exposição pode ser
natural diante de um processo infeccioso ou induzido através da inoculação de
agentes infecciosos de baixa patogenicidade ou mortos, nesse caso denominado de
vacinação. Deve-se considerar entretanto que essa capacidade pode variar nos
indivíduos devido a fatores como idade, estado nutricional, interferência de
anticorpos maternos, estresse entre outras.
As
vacinas são constituídas por agentes com a fração infecciosa e patogênica
destruídas (vacinas mortas ou inativadas), pela diminuição da infecciosidade e
patogenicidade modificadas através de métodos químicos ou biológicos (vacinas
vivas) ou pela inativação das toxinas destruindo a fração patogênica e mantendo
a fração antigênica através de métodos químicos. Dependendo do antígeno a
imunidade ativa com a titulagem suficiente para a proteção do animal
desenvolve-se de 7 a 21 dias estendendo-se por tempo prolongado geralmente ao
redor de um ano. Atualmente vacinas “deletadas” e geneticamente modificadas
estão sendo testadas com resultados promissores, proporcionando imunidade mais
sólida e por tempo mais prolongado.
Os
soros hiper-imunes são retirados de animais após sucessivas vacinações contra
uma enfermidade, resultando na produção de alta titulagem de anticorpos. Os
anticorpos previamente formados promovem uma imunidade passiva de forma
imediata com uma duração média de 7 a 14 dias.
Pode-se
considerar que as vacinas de forma direta ou indireta cumprem três funções
principais tais como:
1) aumentar a imunidade
dos animais: tornando-os dessa forma menos sensíveis às infecções,
impedindo os animais de desenvolverem a doença;
2)
diminuição do número de animais portadores: naquelas enfermidades em que
a fonte de infecção deriva-se de animais portadores, a vacina ao reduzir o
número de animais doentes diminui a transmissão para outros animais;
3) diminuição da
contaminação ambiental: diminuindo o número de animais enfermos, diminui a
eliminação de agentes e consequentemente reduz a contaminação ambiental.
Inúmeros fatores estão associados as
falhas de imunidade dos animais após a vacinação de um rebanho. Entre esses
destacam-se os decorrentes do antígeno, as falhas na elaboração e manipulação
da vacina e os fatores decorrentes do indivíduo ou sejam:
1)
Fatores decorrentes do antígeno:
não são raros os casos em que observam-se casos de falhas decorrentes dessa
condição sendo os mais freqüentes a:
a) variações antigênicas:
a resposta imune é específica, portanto a amostra vacinal deve induzir a
imunidade sobre o maior número de soro-tipos (variantes antigênicas) do agente
sob pena da imunidade ser falha (Mc. CLUGGAGE, 2000);
b) potência e pureza:
a amostra utilizada deve ter potência e pureza capaz de induzir a formação de
anticorpos em quantidade suficiente para uma boa proteção para que a imunidade
seja duradoura (Mc. CLUGGAGE, 2000).
2)
Fatores decorrentes do animal:
esses aspectos também
são importantes para uma maior eficiência da vacina sendo os principais os
seguintes:
a)
capacidade de formação de anticorpos: o estado imunitário anterior, o
estado nutricional e enfermidades concomitantes são fatores que interferem na
produção de anticorpos nos animais. Freqüentemente a primeira dose vacinal
sensibiliza o sistema imune sendo necessário uma segunda dose para desenvolver
altos níveis de anticorpos protetores, por outro lado a permanência de
anticorpos colostrais pode diminuir a ação de um antígeno vacinal (TIZARD,
1992);
b)
nível de agressão sofrido pelo animal: o aumento da agressão dos agentes
infecciosos em um organismo animal devido a presença de animais portadores,
vetores, reservatórios ou a elevada contaminação ambiental acima da capacidade
de proteção dos anticorpos, resulta no desenvolvimento da enfermidade e é
considerado como quebra de imunidade. Essa circunstância é freqüentemente
observada em animais no período final da proteção vacinal quando ocorre uma
diminuição da titulagem dos anticorpos (SANTOS, 1994);
c) doenças intercorrentes
e anticorpos maternos: algumas doenças como a rinotraqueíte bovina,
complexo doença das mucosas / diarréia viral bovina, leucose bovina bem como a
presença de anticorpos maternos podem provocar imunossupressão nos animais
vacinados, repercutindo na insuficientes de produção de anticorpos para a
defesa orgânica (LEITE, 1996);
d)
saúde dos animais: as vacinas são desenvolvidas para serem utilizadas em
animais sadios, portanto a vacinação durante surtos de enfermidades poderão não
apresentar resultados satisfatórios por que atingirão animais em período de
incubação e doentes.
3) Fatores
decorrentes da elaboração e conservação da vacina: são freqüentemente
detectados problemas nessa área:
a) métodos de elaboração: os
meios de obtenção dos antígenos, adsorventes e adjuvantes podem favorecer e
prolongar a produção de anticorpos nos animais repercutindo em uma resposta
imune mais intensa e duradoura mas em contrapartida se os mesmos não forem
adequados poderão interferir de forma negativa na indução da imunidade animal;
b) conservação: a má
conservação da vacina durante o transporte e armazenagem até o momento da
utilização é um dos fatores responsáveis pela degradação do material antigênico
sensível à luz solar e temperaturas elevadas.
4) Fatores decorrentes da
utilização: a maioria
das falhas estão associados a esse fator, são falhas da vacinação e não das
vacinas:
a)
aplicação: o local de aplicação e a dose utilizada para cada espécie
animal deve seguir o parâmetro para o tipo de agente e adjuvante, sob pena de
uma resposta antigênica ineficiente;
b)
dose e reconstituição: a reconstituição da vacina com dose errada de
diluente pode resultar em uma titulagem deficiente, bem como uso de diluente
impróprio pode inativar as vacinas vivas tornando-as ineficazes;
c)
época de vacinação: a vacinação deve ser realizada segundo aspectos
epidemiológicos de cada enfermidade levando-se em conta a época de maior
ocorrência, o nível de agressão sofrido pelo animal e de fatores
pré-disponentes como o manejo, presença de vetores, contaminação ambiental
entre outros (SANTOS, 1999);
d)
revacinação: alguns antígenos ocasionalmente não determinam uma boa
produção de anticorpos, por outro lado o tempo de proteção de uma vacina pode
ser diminuído caso o nível de agressão seja muito alto, necessitando em ambos
os casos de revacinações para que se atinja bons níveis protetores. A maioria
das vacinas requerem duas doses para que oferecem uma proteção segura ao redor
de um ano, mas alguns antígenos induzem a vários anos de proteção como a vacina
contra a raiva com a amostra ERA (SANTOS, 1994)
e)
desconhecimento sobre a manipulação do produto: a utilização de um
desinfetante a base de iodo foi responsável pela inativação da vacina contra a
raiva (amostra ERA) em uma propriedade em Tupanciretã com a morte de vários
animais (SANTOS, 1975). Recentemente em Uruguaiana e Alegrete constatou-se a
“vacinação” de terneiras contra a brucelose apenas com o diluente face ao
desconhecimento da necessidade de reconstituição da vacina liofilizada, já que
anteriormente as vacinas aquosas vinham prontas para o uso.
Vários
são os fatores que podem provocar reações vacinais indesejáveis após a realização
de uma vacinação e os mais comuns devem-se principalmente a:
1.
Tipos de antígenos
Os
antígenos são substâncias estranhas ao organismo animal e, dependendo da sua
estrutura, podem produzir reações em maior ou menor intensidade desde uma
simples reação alérgica local até o aparecimento de reações sistêmicas mais
graves. Os antígenos mortos produzem menos reações pós-vacinais que os
antígenos vivos, pois esses mantém-se ativos liberando maiores quantidades de
substâncias antigênicas (POESTER,1997).
2.
Adjuvantes e vias de inoculação:
Os adjuvantes são utilizados
para concentrar o antígeno de uma vacina e produzem uma reação inflamatória
local que possibilita a absorção lenta do antígeno, repercutindo em uma
imunidade mais sólida para o animal. Alguns são muito irritantes para os
tecidos e seu uso inadequado pode determinar o aparecimento de reações
inflamatórias extensas. Adjuvantes como o hidróxido de alumínio e a saponina
quando inoculados via intramuscular induzem a uma reação inflamatória com
abcesso asséptico caracterizado pelo aumento de volume local, podendo raramente
produzir uma reação sistêmica (HUNGERFORD, 1990).
A inoculação por via
inadequada de uma vacina predispõe ao aparecimento de reações pós-vacinais em
virtude da complexidade dos componentes vacinais. As vacinas confeccionadas com
veículo aquoso são utilizadas por via sub-cutânea sendo rapidamente absorvidas,
enquanto as produzidas com veículo oleoso devem ser utilizadas por via
intramuscular e propiciam a absorção lenta do antígeno, repercutindo em uma
imunidade mais sólida. Essas geralmente formam um granuloma vacinal no local da
inoculação, mas sem a ocorrência de reação sistêmica.
3.
Local de aplicação e tipo de agulhas:
Perdas diretas e indiretas
pela escolha indevida do tipo de agulha ou da via e local de aplicação da
vacina tem ocorrido após a vacinação tanto decorrentes de falhas de imunidade,
abcessos infectados, como de reações pós-vacinais passageiras (diminuição da
produção de leite) e permanentes como o granuloma vacinal nos músculos da coxa
que depreciam o produto pela sua extração durante a toalete quando da inspeção
no frigorífico.
a)
comprimento da agulha: está diretamente relacionada ao tipo de vacina e
a via e local de aplicação. As vacinas aquosas são aplicadas pela via
subcutânea com agulha relativamente curta, mas não em demasia que cause refluxo
repercutindo em sub-doses, enquanto para a inoculação de vacinas oleosas a
mesma deve ser longa o suficiente para atingir a musculatura. Agulhas
excessivamente longas podem provocar lesões desde a simples irritação e edema
local até miosites, periostites, como observa-se freqüentemente em ovinos
vacinados no pescoço (HUNGERFORD, 1990, SANTOS, 1999).
b) espessura: também
deve ser observada para permitir que a vacina seja depositada no local sem que
haja refluxo para outras vias como observa-se freqüentemente na aplicação de
vacinas oleosas repercutindo em reações adversas e acidentes de contaminação
secundária principalmente por Clostrídium
spp., devido a lesão produzida pela excessiva espessura da agulha (SANTOS,
1999).
4.
Contaminação dos equipamentos:
A falha de
higiene e assepsia dos equipamentos
utilizados na vacinação como agulhas e seringas mal esterilizadas e
contaminadas com bactérias patogênicas, são os principais responsáveis pelo
aparecimento das reações pós-vacinais. Freqüentemente observam-se casos de
tétano e gangrenas decorrentes da contaminação desses equipamentos
(SANTOS,1999). Produtos utilizados na
lubrificação de seringas como óleos comestíveis e lubrificantes inadequados provocam
maior probabilidade de contaminação e de reações alérgicas nos animais.
5.
Sobras de vacinas:
Um
aspecto importante a ressaltar é a contaminação de sobras de vacinas e outros produtos
injetáveis como vermífugos em um frasco quando não totalmente utilizados. A
contaminação desses após sua abertura e, a devolução de doses vacinais que
sobraram na seringa para dentro do frasco por bactérias anaeróbicas (Clostridium spp.) freqüentemente
propiciam a morte de muitos animais vacinados por gangrena gasosa e tétano.
A
profilaxia de doenças é um tema muito complexo e envolve conhecimentos
específicos da epidemiologia, etiologia, patogenia e modo de transmissão das
enfermidades devido a características específicas de cada agente. Essa
baseia-se em medidas que impeçam a infecção dos animais, a manutenção e a
proliferação do agente em animais portadores e meio ambiente bem como medidas
que determinem a maior resistência dos animais aos agentes patogênicos.
A
alimentação e manejo correto, a higiene e desinfecção de instalações e fômites,
detecção de animais doentes e portadores e a vacinação dos animais sensíveis
são medidas importantes de profilaxia.
A
introdução de animais em um estabelecimento só deve ser realizada após a
certificação de que os mesmos estejam livres de doenças infecciosas e
parasitárias através de exames clínicos, laboratoriais ou tratamentos. Esses
devem ser realizados preferencialmente na origem e, diante dessa
impossibilidade, os animais deverão ficar isolados até a obtenção dos
resultados antes de juntarem-se ao rebanho.
No
quadro 1 resume-se, com base na fonte de infecção, as principais medidas de
profilaxia direcionadas às enfermidades de ruminantes de maior ocorrência no
Rio Grande do Sul.
Referências bibliográficas:
HUNGERFORD,
T. G. – Hungerford’s Diseases of
livestock. Mc. Graw-Hill Book Company. 9a. Sydney. Austrália. 1990.1942p.
LEITE, R. C. – Diarréia bovina à vírus. I
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Mc.
CLUGGAGE, D. M. – Vaccinations in Veterinay Medicine. A new perspective. Journal
of American Holistic Veterinary Medical Association, V.14, N0 2,
p.7. Obtido via Internet: members.aol.com/ifta2/vaccine1.html. 10
jul 2000.
POESTER, F. P. – Brucelose animal – II Simpósio
Pfizer sobre doenças infecciosas e vacinas para bovinos. Anais. Caxambú, SP. 4-8 nov. p. 54-59. 1997
SANTOS, V. T. – Memórias de um veterinário sanitarista ou história do zoo-sanitarismo
no Rio Grande do Sul. Pallotti, 1999.238p.
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uma epizootia de raiva dos herbívoros no Rio Grande do Sul, através do controle
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SANTOS,
H. T. – Comportamento de vacina descapsulada, esporulada e avirulenta frente a
surtos de carbúnculo hemático em Uruguaiana. – XII Congresso Estadual de
Medicina Veterinária, I Congresso de Medicina Veterinária do Cone Sul. Anais. SOVERGS. Porto Alegre, 21-26 ago.
1994. p92.
TIZZARD, - Tizzard’s Veterinary
Immunology – F. & S. Newsletter. V.1,
N0 8.1992.
Fonte de infecção
|
Enfermidade
|
Principal
forma de profilaxia |
Medidas
complementares |
1.
Agentes telúricos |
Carbúnculo
hemático Carbúnculo
sintomático Gangrena
gasosa Tétano Onfaloflebite |
Proteger
os animais sensíveis pela vacinação. Medidas
complementares. |
Destruição
das carcaças de animais mortos. Higiene
e desinfecção de materiais e feridas. |
2.
Animais portadores |
Tuberculose Brucelose Mamite Campilobacteriose Leptospirose Tricomoniose Cerato-conjuntivite Manqueira
dos ovinos |
Proteger
os animais pela vacinação. Diminuir
o número de animais portadores através da identificação. Medidas
complementares. |
Identificação e isolamento, tratamento
ou abate dos animais portadores. |
3.
Transmissão por vetores |
Babesiose Anaplasmose Raiva Leptospirose |
Proteger
os animais sensíveis pela vacinação. Diminuir
a agressão dos animais pelo controle dos vetores |
Combate
aos vetores: (banhos
carrapaticidas, extermínio de vampiros, controle de roedores) |
[1] Med.
Vet. MSc. Prof. Fac. Zoot.
Vet. Agron. –PUC/RS, Campus Universitário II. Uruguaiana. RS. E-mail: tassinari@bnet.com.br / hts@pucrs.campus2.br.